Com o objetivo de compartilhar as boas práticas implementadas no Brasil que contribuem com o fortalecimento dos instrumentos que promovem a segurança alimentar e nutricional, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) recebeu, na manhã desta segunda-feira (15), uma comitiva formada por representantes de países da África e da Ásia. O encontro, intitulado Missão ONU Nutrição, foi realizado no Palácio do Planalto, em Brasília. A comitiva contou com representantes de dez países: Burundi, Cambodja, Libéria, Madagascar, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Serra Leoa, Zambia e Zimbabwe. A delegação foi recebida pela presidenta do Consea, Elisabetta Recine; pela secretária-executiva do conselho, Marília Leão e pela coordenadora do Consea, Elaine Pasquim. Durante o encontro, Elisabetta Recine fez uma apresentação explicando sobre o conselho, abordando desde a sua criação, estrutura e funcionamento. A presidenta também mencionou brevemente a importância da realização da 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, onde foram deliberadas as propostas ao Governo Federal para a elaboração do III Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (III Plansan). Além disso, foi apresentado o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e um dos programas estratégicos do Sisan que contribuem para o fortalecimento do combate à fome no país: o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Para ilustrar o trabalho desenvolvido nos municípios, foram exibidos dois vídeos à delegação produzidos pelos Conseas de São Paulo e Quixeré (CE). Os vídeos mostraram de forma didática o processo de implantação do Conseas nessas localidades, além das ações adotadas com o objetivo de incentivar a participação da sociedade. Os representantes da comitiva demonstraram grande interesse pela integração entre a participação social e governamental no desenvolvimento de políticas públicas voltadas a promoção da alimentação saudável e nutritiva no Brasil. Várias questões foram levantadas sobre esse ponto, por exemplo: como as políticas públicas são construídas, de que forma são tomadas as decisões, quais indicadores são utilizados como referências, entre outras. Em sua fala, Elisabetta Recine ressaltou à comitiva que o conjunto de ações voltadas ao combate à fome é construído de forma contínua e integrada com outros órgãos, além de envolver a busca pela participação da sociedade, e não isoladamente. "Não existe política ou programa sozinho que consiga alcançar o resultado que esperamos", afirmou. A comitiva permanece no Brasil durante a semana conhecendo outras iniciativas que integram as ações de combate à fome no país.